Já me disseram que eu sou bonito, já disseram que eu sou feio. Já disseram que sou homem, já disseram que sou muleque. Já me chamaram de inocente, de malicioso. De vaidoso e descuidado. Já me falaram que falar era a razão, já me falaram tantas coisas que nada formaram e nada formarão, disseram tanto que se contradizeram. Já chamaram, já falaram, já disseram mas nada fundamentaram. Houveram e há coisas que não falam, coisas que descobrimos, o papai noel que não existe, o coelho da páscoa que nem ovos põe quanto mais de chocolate e os trazem, os vampiros imortais, ou até o ser humano que por mais que os amamos não vivem pra sempre. Já disseram coisas que não foram ditas ou sentidas, o amor de sua mãe, o abraço do seu amigo, a saudade de sua namorada. Já te falaram o silêncio, já silênciaram com barulho, me contrariaram, elogiaram, criticaram, felicitaram. Já dogmatizaram frases como:" Um gesto faz o que mil palavras não explicam.", mas esqueceram que mil gestos não explicam uma palavra. Já violentaram, afagaram, já ...
Tudo e todos já algo disseram e sempre tentaram explicar, dizer, 'gestualizar' aquele desprazer prazeroso.
Tudo e todos já algo disseram e sempre tentaram explicar, dizer, 'gestualizar' aquele desprazer prazeroso.
Desprazer que te fez doer, que te fez chorar. Prazer que te fez sorrir e gritar chorando 'ela realmente vale'. Esse desprazer prazeroso que te fez chorar por motivos distintos, triste e feliz. Esse que estrutura sua vida, pois é só nela que temos nossa fundação e sem ela construimo-nos sobre 'ovos', é nesse desprazer prazeroso em que acreditamos: A Verdade.
" A confusão é a cortina de uma opinião".
Bruno Sátiro de Souza
Viva a verdade, sinta-a.