quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

"Medimorosidade"

Eu: Conservador, sério, objetivo, explosivo e impertinetemente agradável em situações de brigas. Contrariar nunca participara de minha vida até este momento.

Começou atipicamente como todas as outras que já leram, para ironia alheia, começaram contrariando meus princípios. Fantasiei, sonhei, imaginei aquela que poderia vir e suprir essa angústia e esse desejo vicioso de sentir aquela sensação. Livrei-me libertei, ainda fantasiei – “mas é apenas fantasia” – foi o que repeti por vários minutos, horas, dias e até meses.

Seria indelicado contrariar a vontade de algo surreal ou não seria? Essa para mim estava claro que não, era muito indelicado contrariar, então fui atrás, procurei me contrariar, quis mudar uma rotina, uma continuidade conservadorista e foi como dizem, procurei e. . .
Em um dia normal, como todos aqueles no qual fantasiei e imaginei, estava vivendo. . . E meu sonho tornara tão desejoso que palpável ficou, euforia e uma falta de ar tomaram conta de minhas lembranças e de minha ilusão. Passei a esculpi-la como verdade, sentia esta como sinto o fogo queimar cada camada de pele de minha mão ao tocá-lo. Era tão real que chegava a me convencer que existia mesmo e de tanto fantasiar, pedir e porque não “tocar” pode sentir um afago ao espancamento, uma luz na escuridão. Sim, chegou o momento em que tive tanto tempo para pensar e sabia de todas as formas como agir, mas quem diria que o euforismo tão aguardado faria com que esquecesse mesmo que por momentos como agir, até falar atrapalhado ficara. Nossa como contrariei meus princípios conservadoristas antiquados, mergulhei com toda força e de uma forma na qual ao cair, se eu caísse daquele posso de sonhos feitos de nuvens na qual me afagavam com o que sempre quis. Ela apareceu, ela tomou conta de dias, horas, minutos e até segundos de cada aspiração e inspiração que tinha. Ela era dona de meu futuro, de minhas decisões e para mais uma contrariedade, nada conservadorista essa atitude.

Mas o tempo passou e meu sonho foi alimentado de formas homeopáticas, com paradas milimetradas e calculadas para que na próxima dose fosse um maior extasie. E como de praxe é, reagi da forma mais comum e esperada possível, aceitei sem reclamar. O tempo continuou passando, o tempo foi comendo a verdade real na qual vivia, visto que o mesmo comeu alguns efeitos das doses, na realidade caia e em uma profunda depressão a mesma. Mas havia mais doses, deixando mais e mais longe de uma realidade plausível.

Como todo e qualquer remédio ou “droga” consumida, ao final o gosto amargo iria aparecer, mas durante o efeito, para que pensar no futuro, se prazeroso era o presente. E assim foi, até que doses mais fortes eram dadas e efeito não surtia. Precisava de algo mais forte, de algo que me deixasse mais fora do real que pudesse imaginar, pressionei, queria deixar o conservadorismo tão longe quanto as fraldas no qual minha mãe trocou um dia.

O dia de tomar a melhor, maior e mais forte dose teve a sensação no qual imaginei um dia, desilusão, descontentamento e infelicidade, a dose no qual tomei era aquela que me aplicava todo dia, aquela conservadora e real. Descobri que todo prazer denominado amor e todo remédio chamado paixão dado por ela acabou na queda de um “sonho” que nem de perto se igualou ao pior pesadelo, acabou minha procura por um amor, acabou meu vicio pela paixão, não procurarei mais ajuda. Acho que continuarei na velha e fria realidade, pois ela ao pior que seja, é verdadeira. Aconteceu o que sempre soube, mas o que contrariei por muito tempo.
Acabou.


Bruno Sátiro de Souza


"Frases podem fazer efeito momentaneo, mas frases verdadeiras constroem uma realidade"

Um ciclo? Uma interdependência? Ou apenas coincidência?

Amor: Baseado em discordância, desconfiança, desilusão, entre outros des, seria esse mesmo o amor? , seria esse mesmo um sentimento divino e que é até considerado uma virtude. Não, não esse NÃO é o amor. Porém o mesmo é basicamente feito de experiência, doação mutua, flexibilidade e principalmente pessoas maduras suficientemente a aceitá-lo, seria mesmo isso? Ou o amor é feito de verdade, inocência e simplicidade. Esta resposta creio que não a teremos, para uns, momentaneamente, esse é feito de desconfiança etc, para outros de doação e para outros de simplicidade.

Amor palavra simples, pequena e com um significado quão distante de ser entendido. Mas há outra coisa que está ligada totalmente com a continuidade desse complexo tema, a verdade: esta que é feita de apenas verdade, simples e confuso assim, complexo também, mas nessa não procuramos significado, executamos o que entendemos.

Verdade difere tanto de um para outro por que ? Esta pergunta pode ser respondida por uma simples palavra de complexo significado inexistente: Amor.

Um ciclo? Uma interdependência? Ou apenas coincidência?

Outra pergunta sem resposta.

É isso, sentimentos todos, são em si feitos de "Verdade - Amor - Verdade".
Se eu falo agora a verdade é o amor que te responderá, mas eu sei que para minha verdade, esta resposta está clara como um amor verdadeiro.



"Se sentimentos fossem descritos em palavras, a ti escreveria um livro"
"Se sonhos são desejos não realizaveis ao sonhar contigo tenho a convicção que este é um presságio da realidade"

(Bruno Sátiro de Souza)


Sonho? projeção do amor ou da verdade? Essa eu deixo . . .