sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Gozo futuro



O cigarro pito
Da auto-cultura me alimento
Sob o liquido que bebo, escrevo
Aqueles que por vir estão
Como fumaça disseminará minha indagação
Dos jovens de que ler-entenderão
O otimismo de uma verde terra,
Amarão.

Bruno Sátiro de Souza
Out/08

“Os senhores Patacos”





Poucos anos nesta terra vivi

Nesses poucos os patacos odiei

Como explicam o estupro armado cultural e rico, contra partindo com civilizada, como dizem forma de viver?

Ah! Esses que um dia vingarei

Em minhas terras a diversidade reina e sobrevive

Com a força que os antigos tiveram

Submissão? Não.

Agora quem manda são os ordinários selvagens que um dia...

Em Tupi-Guarani forçados ficaram

Não obstante mostrarão que de colônia surgiram

E de império gozarão

Aos “escravos” prazer mostro

Sua malandragem reinará

Sua determinação, um dia, tornar-se-á lei.



Bruno Sátiro de Souza

Out/08

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Cerebral Carta

À Decomposição humana,

Em suaves e simples palavras escrevo sob a pesada e indiscutível pressão dada aquele pedaço de papel e em tinta de sangue despejado ao léu, no qual enviei a ti como forma de transcrição dos valores marginalizados que cada macro-célula sentiu. Seus sacrilégios arremessados a face em que todos os dias sorriram, ao avistar sua presença, como uma luva de pelica que me atinge de forma profunda e despojada, aos sons que sua voz atingia, os mais internos órgãos auditivos, como quem tripudia de um coração acro.
Você os dominou, de forma tão vasta de ogra, de forma tão vomitada, tão escachada, os sensibilizou com mãos aveludadas que acalmam espíritos. Confundiu, matou.
Seus sentimentos a todo o momento eram sentidos, eram facas que atingiam bexigas cheias de amor. Acabou com esperança, paixão, incitou ódio... agradou inescrupulosos seres e outros adocicados deflagrou, como uma devassa em seu território, o fez .
Deusa da magnitude maligna era aclamada, enxofre cheirava, fogo aparentava, no Inferno vivia, como aqueles puros e reluzentes viram em ti, como eu, um exemplar acompanhante?
Descorou aqueles que iluminavam o mais caliginoso lugar. E em seu cafarnaúm viveu por incontáveis anos. Anões que rodeavam aquele, as contas tomavam e protegiam sem consciência de quem um dia foram. Fictícia era sua lenda, tão quão errôneas eram suas atitudes. Em desgarrados acreditaram, esses que fizeram daquela que atormentou, hoje chora e perdão implora, a um ferido sobrevivente.
A pressão a que escrevi, os sentimentos a que me entreguei, só posso lhe responder, como forma de gratidão (por um dia ter dito que ensinar-me-ia a amar) que te perdôo.
A outra face que restou e um desgastado corpo, em pernas tremulas digo-lhe com tons altos: PERDÔO-TE.

Assinado: Alvor de um íntimo ferido.

domingo, 11 de maio de 2008

M. U. L. H. E. R.

Um texto antigo que fiz aih, achei-o e estou postando.




Aquela que é delicada como uma flor, Linda como o pôr do sol, Firme como um diamante, Essencial como respirar,
Aquela que faz o ambiente melhor, Aquela que faz do não, um sonoro sim! Aquela que faz um Homem.
Em seu dia, mulher, Mostre toda sua beleza, mostre sua feminilidade, mostre o ser magnífico que é!
Mulher palavra simples de apenas seis letras, mas que tem a incumbência de representar aquele que é umas das maiores perfeições já vistas, complicadas, complexas, irritadas, felizes... sim, seu sorriso acalma o dia agitado, com seu olhar arranca suspiros, esquenta o coração... Mulher é mulher, Mulher deveria ser verbo, mulher deveria ser adjetivo, mulher deveria ser divino! Respeitar, admirar e amar, obrigações de quem não é, mulher é a única que é feminina e faz disso uma boa característica. Mulher de verdade, mulher surreal, mulher merece um dia, um mês, um ano, mulher merece festejos durante a eternidade, engana-se quem nega a importância de tal,
Mulher admirada, Mulher idolatrada, Mulher linda, Mulher meiga,
Mulher é Mulher.
Para essa que pode se comparar a muito, mas nada se comparam a ela, os parabéns.

sexta-feira, 28 de março de 2008

A Supra-relação.

Nos conhecemos de forma atípica, fui apresentado como aquele que se encaixaria na vida dela da forma mais completa possível e ela foi apresentada à mim como a mais perfeita e complexa que pode existir. Nossa o começo foi bom, foram apenas doações mutuas, não havia desentendimento era quase uma utopia de sentimentos. Mas o tempo foi passando, mais íntimos ficamos, mais um do outro sabíamos e fui percebendo que aquela perfeição na qual fui apresentado era como a casca de uma cebola, fina, flexível e fraca. Fui adentrando em suas camadas ardilosas e, cada vez mais, desgastantes.
Ela ao mesmo tempo, viu que nosso encaixe era bruto, necessitava de diversas lapidações em diversas áreas. Éramos como uma circunferência em um quadrilátero. Nossa os quantos defeitos que me enquadravam e sempre os cantos pontudos, quais criei, agudo ficavam.
Elementos externos começavam a interferir e adentrar um relacionamento, até agora, sólido e primário. Tudo tinha aplicações a uma diferente verdade. Como era complicado amar e se relacionar com tal perfeição.
Porém todos me invejavam, todos sentiam em mim, aquele que conquistou o maior obstáculo até agora inventado. Porém tinha comigo, a vontade e seriedade que fazia dela mesmo diferente do que estimei: ELA.
E como o fogo aos poucos deteriora cada camada de pele ou cada superfície a ele indefesa senti nossa relação sendo deteriorada como fogo o faz e desgastada como tempo nos livros. Aquilo era sentido tão real quanto o abraço que ganhei de minha mãe e tão surreal quanto o beijo que dei no televisor ao ver sua imagem. O ar que respirava era insuficiente, o carinho que tinha não supria o desejo, os seus passos vagavam em minha mente e suprimiam as batidas de meu coração.
A amei, a odiei, no momento tinha medo, apenas isso.
Não sei como te contar, mas eu esperava de ti, uma terceira vida, esperava o nirvana, esperava.
Fui infantil, fui adulto, fui adolescente, mas diante de ti eu digo, fui no que pude tudo para você, você que me copia e me ama, você minha imagem espelhada sem nenhuma censura ultradimensional.


"Je voudrais être avec toi pour te regarder et m'échapper de la réalité dans ton regard"

Bruno Sátiro de Souza

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

"Medimorosidade"

Eu: Conservador, sério, objetivo, explosivo e impertinetemente agradável em situações de brigas. Contrariar nunca participara de minha vida até este momento.

Começou atipicamente como todas as outras que já leram, para ironia alheia, começaram contrariando meus princípios. Fantasiei, sonhei, imaginei aquela que poderia vir e suprir essa angústia e esse desejo vicioso de sentir aquela sensação. Livrei-me libertei, ainda fantasiei – “mas é apenas fantasia” – foi o que repeti por vários minutos, horas, dias e até meses.

Seria indelicado contrariar a vontade de algo surreal ou não seria? Essa para mim estava claro que não, era muito indelicado contrariar, então fui atrás, procurei me contrariar, quis mudar uma rotina, uma continuidade conservadorista e foi como dizem, procurei e. . .
Em um dia normal, como todos aqueles no qual fantasiei e imaginei, estava vivendo. . . E meu sonho tornara tão desejoso que palpável ficou, euforia e uma falta de ar tomaram conta de minhas lembranças e de minha ilusão. Passei a esculpi-la como verdade, sentia esta como sinto o fogo queimar cada camada de pele de minha mão ao tocá-lo. Era tão real que chegava a me convencer que existia mesmo e de tanto fantasiar, pedir e porque não “tocar” pode sentir um afago ao espancamento, uma luz na escuridão. Sim, chegou o momento em que tive tanto tempo para pensar e sabia de todas as formas como agir, mas quem diria que o euforismo tão aguardado faria com que esquecesse mesmo que por momentos como agir, até falar atrapalhado ficara. Nossa como contrariei meus princípios conservadoristas antiquados, mergulhei com toda força e de uma forma na qual ao cair, se eu caísse daquele posso de sonhos feitos de nuvens na qual me afagavam com o que sempre quis. Ela apareceu, ela tomou conta de dias, horas, minutos e até segundos de cada aspiração e inspiração que tinha. Ela era dona de meu futuro, de minhas decisões e para mais uma contrariedade, nada conservadorista essa atitude.

Mas o tempo passou e meu sonho foi alimentado de formas homeopáticas, com paradas milimetradas e calculadas para que na próxima dose fosse um maior extasie. E como de praxe é, reagi da forma mais comum e esperada possível, aceitei sem reclamar. O tempo continuou passando, o tempo foi comendo a verdade real na qual vivia, visto que o mesmo comeu alguns efeitos das doses, na realidade caia e em uma profunda depressão a mesma. Mas havia mais doses, deixando mais e mais longe de uma realidade plausível.

Como todo e qualquer remédio ou “droga” consumida, ao final o gosto amargo iria aparecer, mas durante o efeito, para que pensar no futuro, se prazeroso era o presente. E assim foi, até que doses mais fortes eram dadas e efeito não surtia. Precisava de algo mais forte, de algo que me deixasse mais fora do real que pudesse imaginar, pressionei, queria deixar o conservadorismo tão longe quanto as fraldas no qual minha mãe trocou um dia.

O dia de tomar a melhor, maior e mais forte dose teve a sensação no qual imaginei um dia, desilusão, descontentamento e infelicidade, a dose no qual tomei era aquela que me aplicava todo dia, aquela conservadora e real. Descobri que todo prazer denominado amor e todo remédio chamado paixão dado por ela acabou na queda de um “sonho” que nem de perto se igualou ao pior pesadelo, acabou minha procura por um amor, acabou meu vicio pela paixão, não procurarei mais ajuda. Acho que continuarei na velha e fria realidade, pois ela ao pior que seja, é verdadeira. Aconteceu o que sempre soube, mas o que contrariei por muito tempo.
Acabou.


Bruno Sátiro de Souza


"Frases podem fazer efeito momentaneo, mas frases verdadeiras constroem uma realidade"

Um ciclo? Uma interdependência? Ou apenas coincidência?

Amor: Baseado em discordância, desconfiança, desilusão, entre outros des, seria esse mesmo o amor? , seria esse mesmo um sentimento divino e que é até considerado uma virtude. Não, não esse NÃO é o amor. Porém o mesmo é basicamente feito de experiência, doação mutua, flexibilidade e principalmente pessoas maduras suficientemente a aceitá-lo, seria mesmo isso? Ou o amor é feito de verdade, inocência e simplicidade. Esta resposta creio que não a teremos, para uns, momentaneamente, esse é feito de desconfiança etc, para outros de doação e para outros de simplicidade.

Amor palavra simples, pequena e com um significado quão distante de ser entendido. Mas há outra coisa que está ligada totalmente com a continuidade desse complexo tema, a verdade: esta que é feita de apenas verdade, simples e confuso assim, complexo também, mas nessa não procuramos significado, executamos o que entendemos.

Verdade difere tanto de um para outro por que ? Esta pergunta pode ser respondida por uma simples palavra de complexo significado inexistente: Amor.

Um ciclo? Uma interdependência? Ou apenas coincidência?

Outra pergunta sem resposta.

É isso, sentimentos todos, são em si feitos de "Verdade - Amor - Verdade".
Se eu falo agora a verdade é o amor que te responderá, mas eu sei que para minha verdade, esta resposta está clara como um amor verdadeiro.



"Se sentimentos fossem descritos em palavras, a ti escreveria um livro"
"Se sonhos são desejos não realizaveis ao sonhar contigo tenho a convicção que este é um presságio da realidade"

(Bruno Sátiro de Souza)


Sonho? projeção do amor ou da verdade? Essa eu deixo . . .